Em 2024, realizei algo que por muito tempo foi apenas um sonho guardado no coração. Estudar gastronomia no Le Cordon Bleu do Rio de Janeiro sempre foi para mim um objetivo quase inalcançável, um símbolo de excelência, dedicação e transformação. Hoje, olhando para trás, percebo o quanto esse período me marcou e me moldou como profissional e como pessoa. Foi, sem dúvidas, um dos anos mais importantes e inesquecíveis da minha vida.
Entrar pela primeira vez na escola foi como abrir uma porta para um novo mundo. Cada ambiente, cada uniforme, cada Chef carregava uma história de tradição e exigência. Não era apenas sobre cozinhar, era sobre compreender a essência de cada ingrediente, respeitar o processo e desenvolver um olhar atento aos detalhes. No Le Cordon Bleu, aprendi que gastronomia não se trata apenas de técnica, mas de identidade, de sensibilidade, de transmitir afeto por meio de sabores, aromas e texturas.
O que vivi ali foi intenso. A rotina era exigente, os padrões altos, e cada aula parecia um novo desafio. Mas ao mesmo tempo, cada superação me enchia de orgulho. Foram meses de muita dedicação, noites refletindo sobre o que poderia melhorar, dias de preparação para apresentar um prato que representasse o melhor de mim. Erros aconteceram, claro, mas foram justamente eles que me ensinaram o valor da persistência, da humildade e da evolução constante.
Mais do que aprender a dominar cortes, molhos e técnicas francesas, aprendi a confiar no meu próprio estilo e a valorizar minha bagagem. Aprendi que é possível unir técnica com sentimento, disciplina com criatividade, tradição com personalidade.
O ano passou rápido, mas ficou para sempre em mim. Em 2025, finalizei meu ciclo na escola com a sensação de dever cumprido. Receber meu diploma foi emocionante, mas ainda mais simbólico foi conquistar o meu broche, um pequeno objeto dourado que, para muitos, pode parecer simples, mas que para mim representa algo imenso. Ele é a marca de um caminho construído com esforço, coragem, paixão e entrega total. Costumo dizer que é o meu "prêmio de fogo e alma", porque foi no calor das panelas, dos desafios e da busca incansável por qualidade que me lapidei como profissional.
O Le Cordon Bleu me ensinou muito mais do que técnicas culinárias. Me ensinou sobre respeito, resiliência, trabalho em equipe, precisão e arte. Me ensinou que um prato pode ser uma história, um gesto, um presente. Me ensinou que ser chef é, acima de tudo, servir com verdade. E é isso que carrego comigo hoje em cada atendimento, em cada refeição que preparo como personal chef. Levo comigo a excelência que aprendi na escola, mas também a simplicidade que nunca deixei para trás.
Atuar como personal chef é mais do que um trabalho. É a chance de transformar momentos comuns em memórias afetivas. É a possibilidade de levar às pessoas não apenas comida, mas cuidado, acolhimento e experiências únicas. Tudo o que aprendi no Le Cordon Bleu vive agora em cada prato que crio, em cada mesa que sirvo, em cada sorriso que recebo em troca.
Hoje, com diploma e certificados em mãos, e com meu broche no peito, sigo escrevendo minha história com gratidão, confiança e ainda mais vontade de crescer. O caminho até aqui foi feito com esforço, mas também com muito amor. E isso, com certeza, é só o começo.
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