A Igreja da Glória, situada no alto do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro, é uma notável representante da arquitetura colonial brasileira. Reconhecida como uma das joias arquitetônicas do país e um dos marcos mais distintivos da cidade, sua localização elevada a torna facilmente visível a partir do Aterro do Flamengo e arredores.
A Igreja da Glória, cuja construção remonta ao século XVIII, é um testemunho marcante da arquitetura colonial brasileira. Erguida em um terreno doado à Irmandade da Glória, sua origem está ligada a uma pequena ermida do século XVII. Embora a autoria do projeto seja incerta, sua planta octogonal é uma característica distintiva, introduzindo formas barrocas elípticas na arquitetura do Rio de Janeiro.
No interior, a imponência é evidenciada pelas pilastras de cantaria e pelo teto abobadado. Magníficos painéis de azulejos adornam as paredes, retratando temas bíblicos na nave e cenas de caça na sacristia, ambos recentemente restaurados. Os altares rococós e o escudo da Família Imperial Brasileira sobre o arco-cruzeiro da capela-mor acrescentam uma aura de grandiosidade.
Externamente, a igreja exibe um perfil distintivo, com sua torre quadrangular coroada por uma cúpula "acebolada". Os três portais esculpidos em pedra de lioz, trazidos de Lisboa, conferem uma elegância adicional à fachada.
A Igreja da Glória também detém significado histórico, sendo a Capela Imperial onde membros da Família Real Portuguesa foram batizados após sua chegada ao Rio de Janeiro em 1808. O título de "imperial" foi concedido à irmandade por dom Pedro II em 1839, solidificando seu papel na história do Brasil.
Além de seu valor arquitetônico e histórico, a igreja abriga um órgão construído por Guilherme Berner, instalado em 1949, e é protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, preservando assim sua importância cultural para as gerações futuras. (fonte: wikipedia)
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