No início de março de 2024, decidi retornar ao Rio de Janeiro, uma cidade que já havia chamado de lar por uma década. No entanto, a pandemia havia deixado sua marca, transformando algumas das características que eu tanto amava. O aumento da criminalidade e o número crescente de mendigos nas ruas trouxeram uma nova sensação de insegurança. A cidade também parecia mais suja, com um odor persistente pairando no ar. Mas, apesar desses desafios, o Rio de Janeiro continuava a ser uma cidade de beleza incomparável, com seus encantos que resistiam ao teste do tempo.
Agora, estabelecido perto do centro, no bairro da Glória, eu descobri um novo aspecto da cidade que me cativou. Todos os domingos, uma feira de rua animada se desenrolava nas proximidades, inundando as ruas com cores vibrantes, aromas tentadores e uma energia contagiante. Era um lugar que eu realmente apreciava, embora sempre estivesse consciente dos cuidados que precisava tomar para evitar ser alvo de crimes tão comuns na cidade.
Minha decisão de retornar ao Rio também estava ligada à minha paixão pela gastronomia. Eu tinha planos de estudar e me aprimorar nessa área fascinante. No entanto, meu retorno ao sul estava nos meus planos futuros. O Rio Grande do Sul, com sua beleza natural e sua rica cultura gastronômica, era um destino que eu ansiava revisitar.
Durante minhas primeiras semanas na cidade, fiz questão de visitar e reencontrar o Cristo Redentor, uma das maravilhas mais icônicas do Rio. Aproveitei a oportunidade, já que os preços das vans estavam mais acessíveis devido ao início da baixa temporada, característica comum nesta época do ano. Foi mais um lembrete do que me encantava no Rio de Janeiro: suas belezas naturais inigualáveis.
No final das contas, percebi que, apesar dos desafios e das mudanças que a cidade enfrentava, sua essência permanecia intocada. O Rio de Janeiro continuava sendo uma fonte inesgotável de inspiração, onde as belezas naturais superavam as adversidades do cotidiano.
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